Síndrome de burnout: como evitar o esgotamento dos colaboradores

Síndrome de burnout
É normal um trabalhador sentir-se cansado por causa da rotina de trabalho, mas a exaustão excessiva pode indicar algo muito mais sério, como a síndrome de burnout, que é considerada uma doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Provavelmente você já ouviu falar dela, porque hoje em dia o número de pessoas com esse distúrbio é elevado.
Neste post vamos explicar o que é essa síndrome e como identificá-la para que o seu tratamento seja feito com urgência e apontar os impactos que ela traz para o colaborador e para a empresa. Boa leitura!

O que é a síndrome de burnout?

A síndrome de burnout é caracterizada pela exaustão do indivíduo devido, exclusivamente, ao trabalho.
Esse distúrbio psíquico, conhecido também como “síndrome do esgotamento profissional”, tem como causas o trabalho excessivo e a pressão no serviço, que levam a pessoa a um estado de esgotamento físico e mental.
Confira alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do problema:
  • ambiente de trabalho tóxico;
  • jornada de trabalho longa;
  • local desconfortável;
  • riscos;
  • elevada competitividade;
  • horas extras frequentes;
  • grandes responsabilidades;
  • sentimento de fracasso por não conseguir cumprir determinada tarefa;
  • falta de reconhecimento;
  • desentendimentos e conflitos;
  • falta de equipamentos para realizar o trabalho;
  • excesso de pressão das lideranças;
  • dentre outras questões.
Em decorrência disso, podem surgir outros problemas, como ansiedade, irritabilidade e até mesmo depressão profunda. Portanto, é fundamental que o colaborador procure um psiquiatra ou psicólogo para diagnosticar essa síndrome e evitar maiores complicações.
Ela é muito comum, principalmente, em trabalhadores que atuam sob pressão constante, como professores, jornalistas, policiais, agentes penitenciários, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Pessoas com dupla jornada de trabalho também tendem à exaustão.

Quais são os impactos e como identificar o distúrbio

A síndrome de burnout impacta o físico e o psicológico do indivíduo de várias formas e não se restringe a área profissional.
Conforme dados do Ministério da Saúde, esse distúrbio apresenta vários sintomas, como:
  • cansaço físico e mental;
  • estresse;
  • alterações no humor;
  • dor de cabeça com frequência;
  • desânimo;
  • negatividade;
  • tristeza;
  • irritabilidade;
  • insônia;
  • falhas na memória;
  • dificuldade de concentração;
  • isolamento social;
  • insegurança;
  • baixa autoestima;
  • pressão alta;
  • alterações gastrointestinais;
  • batimentos cardíacos alterados;
  • dores musculares;
Em geral, os sintomas iniciam aos poucos e aumentam a gravidade no decorrer dos dias. Muitas pessoas acham que é algo normal e passageiro, mas é importante não negligenciar esses sinais que indicam um distúrbio.
Uma pessoa com essa síndrome também aparenta estar sobrecarregada o tempo todo, então, muitas vezes, recorre a medicamentos, bebidas alcoólicas ou outros vícios para ter uma sensação de bem-estar momentânea.
Para identificar o distúrbio, o colaborador deve ter atenção aos sintomas e procurar um psicólogo ou um psiquiatra para fazer o diagnóstico.
A empresa tem um papel fundamental nesse processo, pois deve ser comprometida com o bem-estar dos colaboradores e pode ajudar na prevenção e no encaminhamento do colaborador com a síndrome para o tratamento.
Para o setor empresarial, essa síndrome tem vários efeitos negativos, pois os colaboradores são menos produtivos, o que diminui o engajamento, deixa o clima organizacional pesado e aumenta o índice de turnover, ou seja, a rotatividade do pessoal. 
Dessa forma, vale ressaltar que o burnout não só traz prejuízos para a saúde do funcionário, como também afeta os resultados e a produtividade do negócio, trazendo maiores gastos para a empresa.

Como é o tratamento

O tratamento básico é a psicoterapia, mas existem casos em que é necessário utilizar medicamentos para amenizar e tratar os sintomas, como antidepressivos e ansiolíticos.
O psicólogo ajudará o colaborador a diminuir o estresse e a desenvolver o controle emocional para lidar com esse processo.
Além disso, é fundamental mudar hábitos alimentares e de vida, principalmente no que diz respeito ao trabalho, afinal, ele é a fonte do esgotamento. Também é importante tirar um tempo para realizar atividades físicas, uma boa alimentação, práticas diárias de autocuidado e atividades terapêuticas, como arteterapia e musicoterapia.
Se a pessoa não seguir o tratamento adequadamente, pode haver uma piora no seu quadro, como comprometimento gastrointestinal e apatia.
Após o tratamento, a equipe de Recursos Humanos deve acompanhar o colaborador que se reintegrou ao time. Isso pode ser feito por um psicólogo, que deve atender os demais funcionários a fim de prevenir a síndrome.

Como prevenir

Para prevenir a síndrome de burnout, é preciso agir na sua causa: o trabalho. Nesse sentido, o gestor de RH deve elaborar estratégias para a prevenção, diminuição dos casos na empresa e auxílio na recuperação dos colaboradores adoecidos.
O Ministério da Saúde recomenda uma boa noite de sono, alimentação equilibrada e uma vida saudável que concilie trabalho, família, lazer, relacionamentos e atividades físicas para evitar o esgotamento profissional.
A empresa também pode ter algumas ações para prevenir o esgotamento:
  • tornar o ambiente de trabalho mais agradável, tanto o espaço físico, quanto a relação entre os funcionários;
  • cumprir as normas higiênico-sanitárias e de segurança do trabalho;
  • delegar tarefas e não acumulá-las em uma pessoa só, o que inclui os líderes;
  • definir objetivos e prazos e conversar abertamente com a equipe para que, com isso, os colaboradores não se surpreendam com metas inatingíveis;
  • incentivar o lazer, por meio de presentes corporativos, como livros e ingressos para shows;
  • incentivar a prática de atividades físicas;
  • implementar o feedback para que todos possam dar um retorno acerca do trabalho;
  • flexibilizar a jornada de trabalho;
  • promover confraternizações na empresa;
  • ofertar os equipamentos necessários para o desempenho das atividades;
  • oferecer apoio psicológico aos colaboradores;
  • valorizar o trabalhador, com bonificações, presentes, reconhecimento público, dentre outras formas.
Com essas medidas, os colaboradores terão uma melhor qualidade de vida, o que contribuirá para melhorar a satisfação pessoal e profissional, o engajamento e a produtividade.

Conclusão

Você viu que a empresa deve proporcionar uma experiência positiva para que os colaboradores sintam-se acolhidos e, prevenindo, assim, a síndrome de burnout.
O setor de RH deve zelar pelo bem-estar dos profissionais, pois isso reflete diretamente nos resultados da empresa. Afinal, a base da corporação é a rede de colaboradores.
É fundamental entender que esse distúrbio prejudica a vida da pessoa em todos os sentidos, portanto é preciso atuar com urgência quando os sintomas forem identificados.
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